segunda-feira, 28 de março de 2011

Sem rumo...

Por: Irisbel Correia

Muitas vezes pensei que uma hora isso iria acontecer, não sei bem o certo, mas sei que terei que tomar um caminho, um rumo, uma decisão. A angustia aperta meu peito, divago sobre palavras ditas, mensagens mandadas, lágrimas derramadas, sorrisos dados, cumplicidade, essa muitas vezes deixada de lado. Relutei, deixei pra depois, mas acho que agora chegou o momento da escolha. Muitas vezes cheguei a ser obsessiva. Completamente. De certa forma, creio que essa característica tenha me ajudado
a ser quem sou, mas ela é burra no que se refere ao
amor. Eu quero que o outro - qualquer um, qualquer um,
qualquer um mesmo, quando esse um está disfarçado em
nomes próprios - tenha a noção de como seria incrivel viver
aquele um- pouco- a mais comigo. Os meu desejos... Os meus
prazeres... Os meus segredos... As minhas taras ... As minhas reticências...
Mas a minha maior burrice é não perceber que não ter esses momentos
não significa que nada disso exista. E existir é o melhor que tenho a fazer,
ponto. Posso estar bem comigo mesma. Fernanda Young

Vou sozinha consciente de que é assim que o tenho de fazer. Agora sei que esperei o tempo necessário para me recompor de um passado e poder caminhar consciente de um presente real com esperança no futuro que sonho vir a ter. Sei que nunca me vais ler porque te escrevo no a real que um dia me acolheu. O mar vai-me servir de borracha assim que me afaste. Tenho como companhia o vento, mas esse prometeu-me guardar segredo do que te escrevi e de todas as confidências que lhe fiz. Ao fundo, o sol nasce para se despedir, acenando-me como a incentivar-me. A única bagagem que levo está no meu coração e na minha vontade. Neste momento é tudo o que preciso, neste momento é tudo o que quero. Olho mais uma vez para trás, recordo momentos, recordo palavras, mas o que quero reter é este cenário que me apazigua e que me incentiva a iniciar a minha caminhada. Sinto saudades antes de partir, mas sei que é aqui que vou voltar sempre que a minha imaginação me permitir.

Não tenho destino tenho apenas um caminho que pretendo fazer." Se você estará nele... só o tempo dirá.

terça-feira, 22 de março de 2011

Homem quando quer...


Por: Camila Paier

A questão é tão simples que a gente finge complicar, para dar mais emoção. No fundo, sabemos realmente as verdades nuas, cruas e cruéis que fazemos questão de deixar passar, despercebidas. Despejamos as mais chatas das perguntas de se o cara tá afim ou não, analisando
minuciosamente comportamentos e atitudes, falas e movimentos, com as amigas mais próximas (coitadas) e mentimos para nós mesmas tão bem, que quase nos enganamos - mas mulher sabe, e quando comete o delito de se transformar na louca carente desenfreada, sente na espinha a corrosão do erro cometido, do desacerto na ponta da língua, ao procurar quando não devia. Sem esquecer do jogo; e da comemoração, só feita quando os acréscimos terminaram e o abraço corrido já se deu por ocorrido. Vitória, para ambos. Até então, na escalação, dois times: os caras que estão afim, e os que não. No primeiro time, estão aqueles que podem ir até o babão que corre
atrás de você desde a infância, ao cara que você também tá afim, mas dá aquele tempo, disfarça e se segura. Enquanto ele não some por mais de três dias - é a regra universal, todos conhecemos - quer saber mais sobre a sua vida, ao invés do seu rebolado e te leva para jantar, aonde quer que seja. Apenas os bons moços, desse lado da rivalidade. Bons moços, e caras espertos (no ótimo sentido, pra todo efeito e nesses casos). Jogam aqui os que combinam com horários certos, procuram você sem ser insistentes (porque se forem em excesso, merecem ser ignorados para compreender com êxito o real sentido da sua negativa), convidam para programas legais e sentem o maior orgulho em estar ao seu lado. E a valorizam. Fazem dias comuns se tornarem inesquecíveis. Ligam mesmo após um dia cansativo, porque simplesmente gostam de você. E mesmo sutis, são perceptíveis. Surpreendem com pequenos atos, mesmo sendo caladões. Se tímidos, com você, fluentes. E raros, com o tempo fazem você perceber cada vez mais, o quanto valem a pena. Sem pressa, mas com atitudes - sim, eles tem - precisas, tem a sede de vitória que só você mata. Na maioria das vezes, se sagram campeões. Do outro lado do campo, o time oposto. Bad boys, e cafajestes. Imaturos, inexperientes, ou aprendizes que não sobem nunca de nível -
embora tentem. Lembra daquele cara que te fazia esperar sentada, maquiada e bonitona, pra nem aparecer? Ou aquele outro que mentia e inventava desculpas, tinha uma em cada canto da cidade e horror a compromisso? Então, também é veterano nessa equipe de derrotados. Moços que não ligam quando devem, e reaparecem apenas quando bem entendem. Telefonemas que não chegam. Relacionamentos instantâneos, fugazes e incertos. Intenções talvez nem más, contudo: inexistentes. Vão no banheiro e opa, quando você vai, passa por ele no caminho, debruçado no pescoço alheio (feminino). Mil promessas de amor não cumpridas, voltas e reviravoltas, egos imensos. Querer quando convém. Medo de qualquer intimidade que apareça com o tempo, ou intensidade sua, que escape num dos choros e guerras, cessar-fogos e bandeiras
brancas por esses caminhos tortuosos e indesejáveis. Entram em campo com estigma de campeões em pé, e são derrubados no menor piscar de olhos: na corrida da vida que é esses relacionamentos que se entrelaçam e são sorte e azar, se confundem entre momento ideal, pessoas corretas ou não e afinidades em comum. Fatores decisivos, todos. De fora de qualquer sentimentalidade, tenho acompanhado e visto mulheres cair na dúvida do que, de tão simples, complicam pelo prazer de também transgredir. Toda essa cegueira da qual tenho nojo e pavor, tamanha a simplicidade dos fatos que rodeiam. Chega a doer assistir ao desvario de companheiras de copo e de noitadas, faculdade e salão de beleza, esquecidas do que é necessário para não se deixar engolir ou enlouquecer por essas partidas por vezes enganadoras, quase nunca bem apostadas. Se ele estiver afim, será nítido. Transparente. Nem mesmo os nãos ditos no caminho serão capazes de fazer com que pare de correr. Homem quando quer, atravessa cidades e vai até o impossível. Encontra você, da maneira que achar, porque de tanto que deseja, vai atrás sem nem pensar em prejuízos e prerrogativas. Quer mais é correr atrás do que caça, e travar luta com os dragões no caminho. Empunha espadas, e a salva da torre maldita que é ser mulher e assistir a isso tudo, podendo muito pouco modificar um destino. Que resulta nisso aí mesmo: homem gosta de conquistar, é da natureza masculina. Desde cedo, lhes foi doutrinado o papel de ir atrás e disputar, dominar e vencer; militar arduamente para se alcançar o objetivo a atingir, ver cada gota de suor no formato de recompensa. Depois de tantos dribles e percalços, tapas na cara, faltas e impedimentos, vamos logo nós femininas, e de salto alto marcar o almejado gol? Não é justo, não nos cabe. Torcer, sim. De forma sucinta e silenciosa, para exprimir a felicidade e não deixar que a inveja corrompa. Agora, se ele quiser, e você também, os saiba que os adversários ficam para trás e são vencidos. Sejam eles o time do lado de lá, as paralisações necessárias, a prorrogação ou os pênaltis. Quando dois querem, unidos ganham o mundo.

Pienso mucho en ti!



Por: Autor Desconhecido

Estar apaixonada é sentir,

O coração bater mais forte,

E estremecido de emoção,

Sonhar acordado e ver tudo,

Muito mais colorido,

Sorri para os encantos mais belos

Passear nos bosques De mãos dadas,

Juntinho da pessoa amada,

Em rumo da verdadeira felicidade,

Vaguear na Lua dos en namorados,

Ver o brilho das estrelas nos,

Olhos da pessoa amada,

Desenhar nas nuvens o teu nome,

Em palavras rima versos de amor,

Olhar o arco-íris colorindo o ceu,

Como se estivesse contenplando

Ainda mais o nosso amor

Te beijar enlouquecidamente,

Sentir o teu coração bater,

Juntinho ao meu,

Ouvir os cantos dos passarinhos,

Armonizando a nossa felicidade,

Olhar o Horizonte sorrindo,

Acariciar a tua face e nela,

Ver os sonhos mais lindos,

Dormir e acordar nos teus braços,

Fazer amor de madrugada,

E acordar ao seu lado...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Gente Fina...


Por: Martha Medeiros

"Cada um faz o que bem entender com o próprio corpo. Comer com liberdade é um direito e ninguém tem que se sacrificar para atender a um padrão estético, mas que ser magro é melhor do que ser gordo, é. Pra saúde é melhor, pra se vestir é melhor, pra se locomover é melhor, pra dançar é melhor. Não quer dizer que um gordo não seja feliz. Geralmente, são felizes à beça, mais do que muito varapau. Mas se fosse possível escolher entre ser magro e ser gordo sem nenhum efeito colateral de felicidade ou infelicidade, sem nenhum esforço, só no abracadabra, todo mundo iria querer ser magro, assim como todo mundo preferiria se cristalizar entre os 30 e os 50 anos. Eu acho. A não ser que eu esteja louca, o que é uma hipótese a considerar. Porém, melhor que tudo é ser gente fina. Finíssima. Isso nada tem a ver com a tendência atual de ser seca, de parecer um esqueleto ambulante. Gente fina é outra coisa. Gente fina é aquela que é tão especial que a gente nem percebe se é gorda, magra, velha, moça, loira, morena, alta ou baixa. Ela é gente fina, ou seja, está acima de qualquer classificação. Todos a querem por perto. Tem um astral leve, mas sabe aprofundar as questões quando necessário. É simpática, mas não bobalhona. É uma pessoa direita, mas não escravizada pelos certos e errados: sabe transgredir sem agredir. Gente fina é aquela que é generosa, mas não banana. Te ajuda, mas permite que você cresça sozinho. Gente fina diz mais sim do que não, e faz isso naturalmente, não é para agradar. Gente fina se sente confortável em qualquer ambiente: num boteco de beira de estrada e num castelo no interior da Escócia. Gente fina não julga ninguém. Tem opinião, apenas. Um novo começo de era, com gente fina, elegante e sincera. O que mais se pode querer? Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia, não compete e, como o próprio nome diz, não engrossa. Não veio ao mundo pra colocar areia no projeto dos outros. Ela não pesa, mesmo sendo gorda, e não é leviana, mesmo sendo magra. Gente fina é que tinha que virar tendência. Porque, colocando na balança, é quem faz a diferença."