sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Bom dia!


Olhe o infinito...
O céu azul, o mistério da natureza que nos dá todas as alegrias do mundo...

Bom Dia!!!

é a palavra mágica que faltava nesta manhã, e vem expressar à você,
o maravilhoso amanhecer que lhe desejo, repleto de amor,
prosperidade e paz...

Hoje certamente, tudo dará certo,
o seu caminho será suavizado pela brisa do ar,
que chegará até você de mansinho,
trazendo com ela o aroma das flores, que darão colorido ao seu dia.

Tudo isso Deus coloca ao nosso alcance,
para avaliarmos o magnífico presente de estarmos vivos
e sobretudo podermos dizer:
Bom Dia!!!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O dia do flamenguista

Por: Rica Perrone
“Cada brasileiro, vivo ou morto já foi Flamengo por um instante, por um dia.
“, disse Nelson Rodrigues, fanático tricolor desprovido de vaidades clubisticas na hora de analisar futebol.

Hoje, 28 de outubro, é o dia do flamenguista. Hoje, 28 de outubro de 2010, é o dia seguinte a um jogo onde o Flamengo não brigava por nada no campeonato. Está fora de Libertadores, título, qualquer ambição grandiosa.

Hoje, como sempre, líder ou fora da briga, a capa dos jornais terá o tal do Flamengo.

Decidindo titulo ou não, lá estarão milhares de torcedores, em outro estado, fazendo com que o tal do Flamengo jogue em casa quando deveria atuar fora.

No outro domingo, onde todos jogam mais uma rodada, lá estará ele, de novo, jogando com 12, burlando o regulamento básico do futebol.

E se o time perder, não muda nada. Vão se revoltar, xingar, protestar e, daqui 3 meses, lá estarão eles fazendo juras de amor ao time num clássico qualquer pelo campeonato estadual, aquele que nem eles aguentam mais vencer.

O time mais inexplicável do planeta terra, sem dúvida.

Não ganhava o principal titulo nacional desde 1992. Lá se foram mais de 17 anos e a torcida diminui? Não, aumentou. Segundo pesquisa, a maior entre as crianças do país.

Quando ninguém dá nada pra eles, chegam e surpreendem a todos. Quando todos esperam muito, ele perde e decepciona sua nação.

Favorito em tudo que disputa, simplesmente pelo citado acima. Ninguém é capaz de saber o que esperar do Flamengo, nunca.

E quando eventualmente não tem um time capaz de ser campeão, a cobrança é como se tivesse. Ou seja, não existem jogadores no Flamengo. Existe o Flamengo e ponto final.

Única torcida do planeta que paga ingresso por 2 espetáculos. Um no campo, como todas elas, e outro que ela mesmo proporciona.

O flamenguista vai ao Maracanã pra curtir o time, o jogo, o clima e a própria torcida. É único.

Talvez uma das raras torcidas do mundo que tenha dezenas de ídolos, mas que não há discussão sobre o maior.

Existe o Zico e o resto. E o “resto” inclui, talvez, os dois melhores laterais que o mundo já viu em cores. Leandro e Junior.

A Nação rubro-negra não tem esse nome a toa. São 35 milhões de torcedores, e vejamos:

A cidade mais populosa do mundo é Tóquio. E tem 34 milhões de pessoas.

A maior do Brasil é são Paulo, com 19.

O Flamengo, sozinho, tem 35. Se cobrasse impostos seria trilhardário.

Não cobra, e vive devendo.

Deve milhões, e isso não faz a menor diferença.

Ao contrário do amor que tanto exaltamos, este não vai embora quando o amado fica pobre. É amor de verdade, o mais puro que existe.

Incondicional, este sim.

Aquele que não analisa, que não raciocina, que não condiciona a nada.

A nação poderia dizer, sem culpa: “Eu te amo, e pronto”.

Não interessa porque, como, quando e nem sob quais condições.

É maior, é inexplicável.

Ser Flamengo é algo que não tem comparação. Eu não nasci assim, e nem ouso dizer se felizmente ou infelizmente.

Flamenguista é aquele sujeito que ama futebol acima do que ele o proporciona. Aquele que não troca amor por resultados, e que não condiciona sua preferencia por um ou outro jogador.

Por aí existe o Santos de Pelé, o São Paulo de Rogério Ceni, o Palmeiras de Ademir.

Lá existe o Zico do Flamengo.

A ordem é sempre inversa. Os valores são sempre diferentes.

Ser flamenguista não torna ninguém melhor do que os outros, nem pior. Diferente, sem dúvida.

Ser maioria é algo que fortalece. É infinito, porque a nação não tem fim, e nem deixará de ser a maior torcida do país nos próximos 200 anos.

Odiar o Flamengo é absolutamente justificavel.

Qualquer um fica irritado em ganhar titulos e mais titulos e ver que a capa do jornal não muda de foto. É sempre a do Flamengo.

Qualquer um se incomoda em saber que titulos e dividas menores não conseguem sobrepor a importancia de um clube que tem sua grandeza baseada em nada atual e concreto.

É grande. Porque? Porque é.

Pode existir algo maior do que o que não se explica?

Entrar num Maracanã lotado e olhar pra aquela torcida é algo que apenas eles sabem o que é, o que significa e o quanto importa.

“Torcida não ganha jogo”, dizem.

“Só se for a sua”, eles dirão.

Hoje é dia do flamenguista.

Você não é Flamenguista?

Que pena.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Doce é sentir

Filme: Irmão Sol, Irmã Lua.


Doce é sentir em meu coração
Humildemente vai nascendo o amor.
Doce é saber não estou sozinha
Sou uma parte de uma imensa vida.
Que generosa reluz em torno a mim
Imenso dom do seu amor sem fim.
O céu nos deste e as estrelas claras
Nosso irmão sol, nossa irmã a lua
Nossa mãe terra com frutos, campos,
Flores, Fogo e o vento, o ar e a água pura
Fonte de vida de tua criatura.
Imenso dom do seu amor sem fim
Imenso dom do seu amor sem fim.

Sedução?



Por: Camila Paier.

Olhar por dois segundos, e desviar o rosto. Fazer algum contato corpo-a-corpo, imediato. Puramente físico. Sorrir até cansar o canto da boca; dentes à mostra, lábios imersos em algum gloss ou batom realçador (e durável). Fazer mistério, e ainda assim, ser simpática. Voz dengosa. Cabelos perfeitamente lisos, calças jeans da sorte, e o casaco preto que realça. Ainda assim, minha sedução premeditada e ao vivo se resume em zero por cento. Travar frente aos pulos automáticos do meu coração enorme, é comigo mesma. Seduzir o alvo certeiro, como se faz? Preciso, inegavelmente aprender. Ou não.
Auto-confiança, dizem ser essencial. Isso eu tenho - até de sobra. O amor que tenho por mim mesma chega a ser chato e cansativo, e já começo jogando errado: tenho que perguntar sobre o outro, e não falar de mim mesma. Parar de analisar todo e qualquer movimento do lado contrário, e cuidar minimamente, os passos meus. É tanto love myself, que procuro alguém perfeito. E sabendo que não existe, vou aceitando as tentativas no caminho, os trocos que me são dados. Amo meu cabelo mais do que tudo, tenho uma boa relação com o meu corpo agora, minhas roupas causam inveja alheia. Maquiagem, às vezes. Brincos e jóias, sempre. O defeito então, aí não está. Deve estar na minha burrice para crer que, posso ser atraente, caso assim me sinta (tarefa difícil quando já se foi tenebrosa algum dia).
Misteriosa, sou apenas de início. Se me derem corda, desando a falar, e falar, e falar. Se pílulas falantes existissem, certamente eu seria uma compulsiva. Faço enigma sobre algumas coisas, e noutras, me aprofundo com firmeza precisa. Sou mais curiosa do que gero curiosidade. E não sei até que ponto isso me favorece.
Algumas vezes, abuso da sensualidade; noutras, viro quase uma freira. Gosto de moda, e tento usar o que me favorece. Porém, experimente ter um corpo bem brasileiro ou melhor, "sinuoso" e vamos ver se você consegue passar longe da vulgaridade. É uma tarefa difícil. Sina também é isso.
Minha voz é alta, e nasal. O contrário do que é considerado "atrativo". Não sei falar calma e pausadamente, e muito menos, baixo. Se não conheço, não minto. Não finjo amar nada do que não gosto, e faço questão em mostrar que sou diferente. Não toco quem mal conheço. Detesto que façam o mesmo comigo, e associo tal atitude um pouco como falta de respeito. E me jogar em cima de alguém, não está realmente, entre as minhas projeções. Existe sim, uma diferença entre seduzir, e se jogar. Na segunda opção, você pode terminar atropelada - e as suas chances, completamente no chão. Jogos de amor não me apetecem. Ligar, e sumir dois dias. Rejeitar convites, e convidar pra jantar. Captar, e depois, ser pega. Não dá pra ser tudo mais simples, tudo mais leve, algo mais sincero? Na contramão, atraio quem não desejo. Talvez por não acatar às músicas que se misturam ao álcool e não sorrir com falsidade, insegura por dentro. Deixo de seduzir quem realmente quero, porque ser enfeitiçada é benéfico à alma também. E assim acato ao que me aparece no caminho. Com muito desapego porque nada me brilha, nem me faz caçar o tesouro mais à fundo.
Por enquanto, na beirinha das ondas, deixando que molhe os pés vez que outra. Quando mergulhar, que seja para ir ao fundo, e redescobrir todo um oceano. Com muito olhar desmedido e fascinação recíproca; porque submergir em companhia pode ser ainda melhor, e se descobrir no outro desvendando também o véu do outro lado é o que nos salva da promiscuidade desse mundo atual.

O texto da Camila, realmente diz tudo o que sinto... Me amooo demais, e por me entregar demais e devido as quedas ou atitudes alheia, me tornei exigente, não por me achar autosuficiente, mas porque quero alguém que brilhe comigo. (Irisbel Correia)

domingo, 24 de outubro de 2010

Caminhos


A vida é feita de caminhos...caminhos que levam, caminhos que trazem, sonhos, alegrias, tristezas, amores, esperanças...De qualquer forma, nada vem ou vai sem caminho. O caminho é parte integrante de nossas vidas. já buscávamos percorrer caminhos. Nossos primeiros passos foram treinados... e aperfeiçoados para conquistar caminhos....outros se perdem pelo caminho... Uns tiveram tudo para caminhar... Outros, muita dificuldade para chegar. E chegaremos ao ponto final. Certamente fomos feitos para romper barreiras, para abrir caminhos, ultrapassar limites e vencer. Deus, na sua infinita misericórdia,não nos abandonaria num deserto de incertezas.Não nos deixaria à beira do caminho, condenando-nos a um fim sem propósitos. Ele nos preparou um caminho que nos levará de volta para casa...“Eu sou o caminho, a verdade e a vida,ninguém vem ao Pai, senão por mim.”(Jesus - João cap. 14 verso 6)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Saudades do que não vi!


É complexo de entender, mas acho que todos temos saudades de coisas, pessoas e situações que não vimos ou não vivemos.

*Saudade de alguém que conhecemos só pela internet, mas que parece que está aqui do ladinho. Quando ligamos o msn ou abrimos o email e ali está aquela pessoa querida...mesmo que nunca a tenhanhos abraçado, sentimos uma saudade enorme dela, um aperto no coração.

*Saudade de um lugar que sonhamos conhecer, mas em que jamais pisamos. Aquela nostalgia vem e nos lembramos de quantas vezes pensamos naquele lugar, de quantos dias, meses ou anos ainda vamos ter de esperar pra matar a saudade que, teoricamente, não deveria existir.

"E é só você que tem a cura para o meu vício de insistir nessa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi" - Legião Urbana - Índios fonte

♫ Quem me dera
Ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha

Quem me dera
Ao menos uma vez
Esquecer que acreditei
Que era por brincadeira
Que se cortava sempre
Um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda

Quem me dera
Ao menos uma vez
Explicar o que ninguém
Consegue entender
Que o que aconteceu
Ainda está por vir
E o futuro não é mais
Como era antigamente.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.

Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do iní­cio ao fim.

E é só você que tem
A cura do meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Acreditar por um instante
Em tudo que existe
E acreditar
Que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas
São felizes...

Quem me dera
Ao menos uma vez
Fazer com que o mundo
Saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz
Ao menos, obrigado.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado
Por ser inocente.

Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!

Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do início ao fim.

E é só você que tem
A cura pro meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos
E vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui. ♫

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Tão bom quanto sonhar é poder realizar!!

Por: Irisbel Correia

"Não há nada mais natural para um ser humano do que ter seus objetivos, metas, ambições, sonhos, ideais. Acho que não QUERER algo é que não é natural". (fonte) Mais o melhor de tudo é ver cada degrau que construiu, ficar para trás, todas as lutas, barreiras e obstáculos que teve que enfrentar para a sua conquista. Essas conquistas que servirão de força para os novos sonhos, metas e desejos, esse ciclo de vida, de realizações são o adubo para novos desafios, porque a vida é um grande e imenso desafio e sem sonhos não há realizações e sem realizações não há sonhos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

0 Sol Nasce Novamente...



Por: (Letícia Thompson)

Há ocasiões em nossas vidas
que a noite parece interminável.
É assim quando todas as esperanças
parecem ter ido buscar procurar
refúgio em algum lugar,
menos no coração.
Não somamos nossas alegrias
como somamos nossos problemas.
Quando passamos por um caminho dificil,
fazemos uma revisão do que
vivemos e temos vivido e somamos
as dores,
que parecem crescer a cada lembrança.
Se, inversamente,
fizessemos o mesmo com os nossos
momentos de alegria,
encontrariamos razões a mais para
viver e forças suplementares
para sobreviver os impasses da vida.
Por mais longa que seja a noite,
por mais lento que tenha sido
o relógio e por mais dolorido
que tenhas estado nosso coração,
o sol nasce novamente.
Pouco importa se no dia seguinte
ele estará encoberto por nuvens,
ele não estará encoberto eternamente.
A certeza de que algo de bom e bonito
existe e nos faz guardar acesa
a chama dentro do coração.
Se o sol vai e volta,
a lua some e reaparece,
as mares baixam e sobem,
não há razões para que na vida
não demos a volta por cima.
A natureza é a prova viva de que
tudo está em movimento sempre
e nos fazemos parte dessa
paisagem idealizada e implantada
por Deus.
Tudo é passageiro,
as alegrias vêem e vão,
mas os sofrimentos também,
até mesmo aquele que se instala
no mais profundo do nosso ser,
ele também se acalma e deixa
um lugarzinho aberto para
a doçura de viver.
Não podemos desistir de ser felizes
enquanto o sol não desistir
de renascer.

sábado, 16 de outubro de 2010

De volta ao passado


Por: Irisbel Correia

Quem falou que ia ser fácil? Que voltar ao passado por alguns instantes desencadearia uma ardência, que me queima, e em mim lateja, que demoraria tanto para cicatrizar? Caminho a passos largos para um futuro que nem mesmo sei qual é, a vontade desmedida de encontrar um rosto conhecido em meio a multidão, às vezes me conforta e ao mesmo tempo me desatina. Quero não lembrar, dos momentos que passamos juntos, mas as lembranças me transporta para uma realidade irreal, me tira a ângustia da solidão em que minha vida se transformou desde que se foi e nem olhou pra trás. Queria poder parar o tempo, ou melhor voltar no tempo e fazer o hoje diferente, mas sei que esse lampejo é mera nostagia das emoções fortes vividas e que devem ser encaradas com sabedoria, para que não surja um sofrimento em vão! Viver o presente, e o futuro? Para que saber.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Nossa Senhora Aparecida - Padroeira do Brasil


Música: Roberto Carlos

Cubra-me com seu manto de amor
Guarda-me na paz desse olhar
Cura-me as feridas e a dor me faz suportar
Que as pedras do meu caminho
Meus pés suportem pisar
Mesmo ferido de espinhos me ajude a passar
Se ficaram mágoas em mim
Mãe tira do meu coração
E aqueles que eu fiz sofrer peço perdão
Se eu curvar meu corpo na dor
Me alivia o peso da cruz
Interceda por mim minha mãe junto a Jesus

Nossa Senhora me de a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida do meu destino
Nossa Senhora me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida do meu destino
Do meu caminho
Cuida de mim

Sempre que o meu pranto rolar
Ponha sobre mim suas mãos
Aumenta minha fé e acalma o meu coração
Grande é a procissão a pedir
A misericórdia o perdão
A cura do corpo e pra alma a salvação
Pobres pecadores oh mãe
Tão necessitados de vós
Santa Mãe de Deus tem piedade de nós
De joelhos aos vossos pés
Estendei a nós vossas mãos
Rogai por todos nós vossos filhos meus irmãos

Nossa Senhora me de a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida do Meu destino
Do meu caminho
Cuida de mim...

domingo, 10 de outubro de 2010

Reavaliar-se


Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.
Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.
Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"
O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.
Sem ter programado, a gente pára pra pensar.
Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer. Eis uma dura e veridica constatação. Eu tenho objetivos. Nao estou desesperada pra casar, alias nem pra namorar (essas coisas vão surgindo). Eu estou mais preocupada com meu bem estar, minha saude, meu futuro profissional, e... enfim. eu cheguei aos 32, mas aproveitei tudo que a adolescência poderia oferecer. e voces? Me considero inteligente pra escolher as coisas, as pessoas que me rodeiam, o homem com quem eu quero ter algo, e claro, estar muito bem estabilizada financeiramente nos próximos 5 anos!