quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Meu coração voltou a bater...


Texto: Irisbel Correia com Frases: Aline Duarte

O mundo está mudando, e o tempo está passando rapidamente... É tão incrível a forma que você entrou na minha vida ... acho que as palavras já não cabem no que eu quero dizer . É preciso mais , bem mais , pra dizer o quanto você é importante pra mim. Tentei descrever o jeito que eu me sinto para você, mas não importa o quanto eu tente, as palavras nunca conseguirão demonstrar...
É meu amor eu estarei eternamente ao seu lado, e você sabe ... Se você chamar meu nome eu estarei bem aqui...e sempre que você sentir que não pode continuar, apenas se abrace ao meu amor e você nunca estará sozinho...
Sozinha, e essa distância que nos separa, meu pensamento focaliza em você. Deixo-o livre, e de repente meu coração aperta. Mas não estou triste, pelo contrário ...
É, estou amando.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Triste!!


Por: Irisbel Correia

O sentimento é tão complicado, estamos bem, e em alguns minutos do nada uma angústia aperta o peito. Aparentemente sem explicação nenhuma.

Tudo preparado para curtir o Reveillon com os amigos, mas a data traz recordações que dilaceram seu coração.

As lágrimas rolam na sua face, as pessoas em sua volta não entende, apenas o silêncio é constante...

Ela sabe o que lhe machuca por dentro. A lembrança de momentos bons e um acontecimento que mudaria a sua vida.

Exatamente um ano depois, ela se vê em volta por uma situação quase semelhante... está apaixonada... a novela mexicana que cerca a sua vida, resolveu fazer um vale a pena ver de novo, a diferença que nessa novela, o final feliz rodeia por ela, mas nunca se aproxima... o enredo é o mesmo, mas o final não será a la Maria do Bairro...

A princesa, não está presa em uma torre, não é escrava de uma madrasta má e muito menos vive cercada de anõezinhos, o seu drama no século XXI é ter que dividir quem ama com outra, acho que preferia a torre, do que esse dilema.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Insegurança!



Muito comum ver essas cenas... , trouxe bem a realidade de hoje, mulheres inseguras e outras donas de si, porém sozinhas.

Por: Camila Paier


Cena 1:
Pego o prato servido, e o preço anotado diretamente da balança. Meia volta, e vê. Dois casais, horário de almoço, mesa para quatro pessoas. É como se a solidão aumentasse em zoom preciso, umas dez vezes, e eu então além de poder senti-lá, posso vê-la. E então, olhares. A menina que está de frente pra mim, sentada ao lado de seu possível namorado, affair, amigo colorido, me encara com vontade. Com força. Veemência. Furiosa. Como um cachorro que não larga o osso por nada, só falta rosnar. Passo com classe e elegância, e sorrio com ironia. Levanto, pego uma sobremesa, e o par de olhos verdes, continua a me encarar. Nem bonito era o rapaz. Mas bateu nela, e eu vi o que transpareceu no ar: insegurança, a própria.

Cena 2:
Casal anda feliz pelo Centro da cidade. Caminha de mãos dadas, sorrisos e conversa leve. Sem pressa, e nem pique. Enrolando-se na cordialidade e paixão um do outro. A menina atrasada, caminhando com a velocidade de um furacão, quase correndo. Vestida às pressas, cara limpa, polainas nos tornozelos. Vem ao encontro, de frente e olha o relógio: dá pra caminhar com calma, o tempo joga a seu favor. A mulher apaixonada nota sua presença fugidia - e por que não, charmosa. Aperta forte a mão do companheiro. Muda o tom da voz, a face parece congelar. A garota afobada também a vê. E passando pelos dois que antes pareciam felizes, e agora discutem um problema que não existe, a menina que apenas está atrasada pra sua unica aula matinal percebe mais uma vez, a doença de tantos relacionamentos: insegurança.

Não deveria existir, pra quem segura mãos. Tão pouco, raspa pratos com cumplicidade, e escolhe com charme a sobremesa. Não acredito em relacionamentos que não transbordam cumplicidade, confiança e mais, segurança. Como vencer as tantas barreiras e pilares, obstáculos e provações, sem se ter certeza de que, ao nosso lado, está alguém que não vai nos soltar ao menor sinal de perigo? Diz a letra do Gessinger, e a gente canta em sincronicidade: Você precisa de alguém, que te dê segurança; se não você dança. Se não você dança. E baila mesmo.
Segurança, não é ouvir cinco vezes por dia "eu te amo". Muito menos, dizer. É sentir que a pessoa que caminha do seu lado, te busca na sua porta, e te liga por pura vontade, quer estar ali por uma escolha dela - e não, por uma imposição sua. É dar liberdade, sem esperar que a pessoa também te dê. A velha estória de que, a liberdade em si, é o que prende o mais livre dos seres. Ter certeza, ninguém tem. Mas a gente sabe; a gente sente. Sinceramente, não sei o que leva pessoas a ficarem tão inseguras. Garota, ele segura a sua mão, porque ele quer. Tenho certeza de que, ele não está com você apenas pela beleza, e não vai ser a harmonia de formas que ele avista na rua, que vai comprometer o relacionamento de vocês. Geralmente, quando a cárie dos apaixonados resolve bater à porta, o problema está mais afundo, mais complexo. E o relacionamento, já vem se definhando. Os últimos a perceber, são quem nele está submerso. O que acaba um casal feliz não é uma mulher em si, e sim, a vontade de trair, de colocar um ponto final. As questões do sub-consciente que ninguém gosta de visitar, disfarçadas. Você está aí acompanhada, enquanto aquela mulher, por mais formosa que seja, está ali sozinha. Pode até ter alguém no pensamento, no coração. Porém no momento, não passa de uma cidadã solitária. Quem deveria estar nervosa, remexida por dentro: você, ou ela? Se algo não vai bem na relação, não adianta apertar mais forte a mão do outro, ou fazer um show de demonstrações de afeto. Prender ainda mais, faz soltar-se sozinho. Ele quer cuidar, amar e ser feliz. E acredito que, numa prisão, é o último lugar da face da Terra que ele desejaria estar. Então, pare de encanar com o que não vai acontecer nem em pesadelo, e fique contente - trate bem quem gosta de você, e se uniu à pessoa maravilhosa que com certeza você é, e esqueça-a. Não custa lembrar, mas: ela é apenas bonita, e não o fim do amor eterno em que você vive. Geralmente, ela nem a ver com tudo isso tem. E isso tudo é o que na minha indignação e frustração, frente ao namoro dos outros, eu gostaria de ter dito. Pela intimidação das mulheres inseguras, eu deveria ter falado. Porque o outro lado solitário, sofre - mesmo calado, e nessa época do ano.
Fique alegre se você tem alguém do seu lado, e mais alegre ainda se você não tem: a sorte sorri para alguns, e promete acontecer para todos. Estar atento, e curtir o momento, é a chave pra qualquer relacionamento de sucesso, começando pelo mais ilustre de todos eles: o amor-próprio. Além de tudo, exercitar tal arte, é delicioso. Have fun!

Ainda encontro...

Por: Luciana Penteado

Qual é o segredo do amor eterno?

Existe uma fórmula para manter um romance?

Paixão e amor se completam ou são distintos?

Como descobrir se aquela é a pessoa?


A verdade é que todos nós já paramos um dia qualquer das nossas vidas para nos perguntar se aquela pessoa com quem resolvemos criar uma história é realmente a pessoa certa. Há casos em que se tem tanta certeza disso, que não há espaço para inseguranças ou questionamentos. No entanto, a maioria dos romances começa a se perder após um período de convivência, e as dúvidas cruéis passam a invadir os pensamentos como sombras inquietas pelas madrugadas insones.


Estudiosos de várias áreas já dedicaram os seus dias (e noites) em busca de respostas para essa dúvida: existe uma fórmula para manter o amor? Dizem eles que o segredo da paixão existe e é devido à ativação de um circuito na área tegmentar ventral, uma região do mesencéfalo, no meio da cabeça. Um tanto estranho, não é? Quem, em sã consciência, vai parar para pensar se o seu circuito tegmentar foi ativado (ou não) ao conhecer determinada pessoa?


No entanto, desmistificando a tese de muitos céticos por aí, temos que concordar que existem casais que estão juntos há anos e vivem os mesmos dias de outrora, como se nada abalasse o que se estruturou e se tornou cada vez mais sólido. Se a resposta está na área tegmentar advinda dos avanços da genética, eu não sei, se é questão de química, também desconheço, mas há pessoas que juram ter os mesmos sentimentos pelo outro de quando tudo começou. Veja o exemplo:


“O contexto do início ajudou muito. Jovens, belos, isolados no Xingu, nadando seminus em rios límpidos. Éramos pura sensação, todos os sentidos aguçados no meio do nada, longe da cidade e do barulho. A química foi perfeita, o desejo irrefreável, aquela coisa que sai faísca. Mas o melhor é dizer que até hoje somos assim. Respeitamos a individualidade do outro, mas sentimos muita saudade quando um trabalho nos separa. Trocamos e-mails, pegamos avião para passar um tempo mínimo com o outro. O Ri é muito generoso, o tipo de homem doador. Cada reação dele diante de coisas grandes ou pequenas é coerente, é bonita. E temos muito tesão, sem o qual nada pode seguir adiante”.
Bruna Lombardi

“É difícil falar do que mais gosto em uma mulher tão linda como a que eu tenho. Dá para dizer ‘tudo’? Na primeira vez que bati o olho, pensei, impressionado, o que qualquer homem pensaria em relação a ela. Adoro os olhos, a boca, as pernas, os pés, o jeito como ela se mexe. A lista é enorme! Mas o melhor é que não é só isso. Atrás daquilo tudo havia uma mulher inteligentíssima, brilhante, apaixonada pela vida. O começo é importante, mas para que dê certo as pessoas precisam querer continuar acertando. Não existe um segredo. As pessoas são diferentes e a interação delas também. O Universo conspira, mas precisamos fazer a nossa parte”.
Carlos Alberto Riccelli (Fonte: AQUI)


Ainda teorizando sobre as razões que explicam o segredo do amor verdadeiro, foi criada por um professor australiano de matemática a equação do amor, conhecida como “Fórmula do Noivado”. Assim, meio que por encanto, ela descobre a idade certa para se apaixonar. Leva-se em conta a idade em que se começa a procurar um parceiro para uma relação duradoura e a idade mais velha com que se consideraria casar.


Racional demais para o meu gosto, mas, por destino ou por acaso, em 37% dos casos, ela já deu prova de funcionalidade. É claro que não se leva em conta aqui, em nenhum momento, a magia do olhar, as batidas frenéticas do coração, as mãos trêmulas e úmidas e o descompasso total dos sentidos quando nos vemos apaixonados. Isso tudo, segundo a equação amorosa, seria apenas um detalhe favorável, mas não necessário para fazer um romance perdurar.


Quem já não se deparou com sites de comportamento/relacionamento com dicas e orientações a serem seguidas para conquistar alguém? Confesse! Você até já tentou aplicar, pelo menos uma delas, em algum romance da sua vida. É simples, eles dizem, basta um gesto, uma mudança de atitude para despertar o interesse da pessoa escolhida. - Faça isso, compre aquilo, vista isso, diga aquilo... Ora, a vida não é um manual. Penso que, se não houver reciprocidade desde o começo, não será por milagre que haverá depois. Ou será que haverá?


Bom, como esse texto está muito mais para perguntas do que para respostas, vou de carona com o Kid Abelha em busca da fórmula do amor. Que tal? Vem comigo?





Queria falar...


Por: Irisbel Correia

Quantas vezes passei horas imaginando uma cena, diálogos, frases intermináveis e no final das contas o que saiu, foi exatamente o oposto.

As palavras pulsam dentro de mim, não era exatamente aquilo que queria dizer...

Há se pudesse ter dito... diria que aquele e outros adjetivos era porque você tem um lugar especial no meu coração....

Que na realidade eu queria você só pra mim, que aguardo ansiosa pelo dia que sentirei o gosto de seus lábios, as suas mãos percorrendo o meu corpo, sussurrar todos os adjetivos que lhe cabem no seu ouvido.

Enquanto esse momento não chega, fico no silêncio da noite, sob o brilho das estrelas, sonhando e guardando cada fala, dessa história que não tem inicio e nem fim.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Fome!


Por: Clarice Correia

A espera na noite chuvosa, o relógio marca às horas, segundos, minutos. Opa! Já estou ficando confusa, cansada.

O tempo não passa, vejo apenas rastros de luzes vermelhas que vão e vem. No rádio músicas que gosto, mas um barulho que toca a baixo do pescoço é que toma o ritmo da minha atenção.

Fome! É estou com ela, então para as horas e está espera passar ou enganar escrevo.

Porque não ir a Índia? Então escuto isto na rádio e a dor dançante no estômago aceita a resposta, porque lá não se pode comer picanha. Então fico com a segunda opção, irei a Somália, ou não, lá criança que não se alimenta direito não ganha presente de natal, ou seja, vou morrer de fome e sem presente.

A minha metade...


Por: Irisbel Correia

Realmente a vida não teria graça se fosse como um conto de fadas, às vezes precisamos mesmo quebrar a cara para amadurecermos um pouco. Sentir o que queremos e não apenas achar que queremos por pura vaidade.

Não vou negar que acreditava intensamente que cada um tem a pessoa certa pra si, a sua "metade", a sua "tampa da panela", a "outra parte da laranja", a pessoa que vai está junto, na alegria e na dificuldade... não acredito em complemento... ninguém procura alguém para ser completada, ambos tem que está em uma relação por inteiro para ela dar certo.. não esperar que o outro traga a você o que lhe falta...

Já teve vários momentos que achei que havia encontrado a minha metade, não que estivesse faltando algo em mim... sempre entrei inteira... acho exatamente que isso foi o erro, eles não estavam inteiros... queriam o complemento... ai acontece os de-sabores da vida... a frustração e a decepção palavras que não são as que devem ser ditas "foi mal" não é desculpa, "valeu" não é obrigada, o "eu também" e 'Idem"não é eu te amo...

Na vida as coisas são muito relativas, quem eu achava que estava perto era ausente, distante e o Amor ficou em segundo plano... agora me vejo em volta a outra situação... estranha, nunca passei por isso, mas mesmo longe você me faz feliz. Consegue fazer com que eu acredite em "conto de fadas" , e que ... ... o "felizes para sempre" poderá ser a nossa realidade!

Eu não vou gostar de você por que sua cara é bonita, o amor é mais que isso...

domingo, 26 de dezembro de 2010

Expectativas!


Por: Irisbel Correia

Há quem diga que a expectativa atrapalha, pois traz frustrações caso não realize o que desejou. Eu já penso diferente, muitas vezes esperar um acontecimento é muito gostoso. É tão bom esperar por algo... e é muito melhor quando esse algo se concretiza. Deixei a minha vida seguir com o vento, mesmo assim, impossível fugir das expectativas, dos pensamentos e dos sonhos que invadem o meu coração, a minha mente e minha alma. Anseio pelo momento de encontrar você, das palavras que serão ditas ou silenciadas, do toque, da vontade e do desejo guardado pra ti. Aprendi a esperar, pois a expectativa é o alimento da espera ... Se ventos são capazes de levar embora, a qualquer hora, também, são capazes de fazer voltar. Já que permiti que o vento faça seu percurso, vou esperar, pois nem tudo acontece como queremos e planejamos... a flexibilidade é um ótimo aliado para a expectativas. Então o melhor a fazer é aproveitar o trajeto da forma mais tranquila e plena. Assim, a chegada tende a ser sempre compensadora.

balanço de fim de ano!


Com tanto amor e muita emoção o ano está chegando ao fim.

Eu fui feroz, lutei contra o algoz eu...

Fui caçador de mim

viajei nas canções me entreguei as paixoes que nunca tiveram fim.

Se o ano está acabando o amor me ensinou

que na vida sou dono de mim.

Não há nada a temer no prazer de sonhar, pois viver é uma luta sem fim

esquecendo o medo, vou abrindo os segredos e fugindo das armadilhas.

Construindo o novo sem nada a temer, sem fugir da luta meu caminho vou percorrer

Sou caçador de mim...

Quero nesse ano vindouro.

Descobrir o que me faz feliz.

Ser mais amigo de novo e viver com a fé e o amor em mim

continuar contando com a sua amizade

Com um amor sem igual.

"Ano novo, vida nova gente"

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A paz!

Interpretes: Roupa Nova

É preciso pensar um pouco nas pessoas que ainda vêm
Nas crianças
A gente tem que arrumar um jeito
De achar pra eles um lugar melhor.
Para os nossos filhos
E para os filhos de nossos filhos
Pense bem!

Deve haver um lugar dentro do seu coração
Onde a paz brilhe mais que uma lembrança
Sem a luz que ela traz ja nem se consegue mais
Encontrar o caminho da esperança

Sinta, chega o tempo de enxugar o pranto dos homens
Se fazendo irmão e estendendo a mão

Só o amor, muda o que já se fez
E a força da paz junta todos outra vez
Venha, já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz

Se você for capaz de soltar a sua voz
Pelo ar, como prece de criança
Deve então começar outros vão te acompanhar
E cantar com harmonia e esperança

Deixe, que esse canto lave o pranto do mundo
Pra trazer perdão e dividir o pão.

Só o amor, muda o que já se fezE a força da paz junta todos outra vezVenha, já é hora de acender a chama da vidaE fazer a terra inteira feliz

Quanta dor e sofrimento em volta a gente ainda tem,Pra manter a fé e o sonho dos que ainda vêm.A lição pro futuro vem da alma e do coração,Pra buscar a paz, não olhar pra trás, com amor.

Se você começar outros vão te acompanharE cantar com harmonia e esperança.

Deixe, que esse canto lave o pranto do mundoPra trazer perdão e dividir o pão.

Só o amor, muda o que já se fez
E a força da paz junta todos outra vez
Venha, já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz

Só o amor, muda o que já se fez
E a força da paz junta todos outra vez
Venha, já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz

Só o amor, muda o que já se fez
E a força da paz junta todos outra vez
Venha, já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz

Venha, já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz

Inteira feliz ...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ausência!

Por: Irisbel Correia

Não era somente a ausência que lhe doía no peito. Saber que ele estava tão longe e que ainda permaneceria por muito tempo era como se observasse um barco se distanciando no horizonte e a cada minuto mais longe estaria até que uma virada na correnteza da vida fizesse ele retornar ao cais. É assim a vida deles hoje. Uma eterna espera.

Tudo já foi dito, planejado. As palavras já haviam sido escritas e reescritas, já estava tudo definido entre eles, o que restava era esperar o tempo. Esse tempo que demorava a passar tornando-se lento e cruel. Nunca tinha parado pra pensar como é lento os segundos, minutos e horas. Os dias estão mais longos. Tão difícil aceitar a situação que se encontro, a impotência diante de uma situação que não conseguia mudar, dominava todo seu ser. Que querer, AMAR, desejar não eram o bastante.

Uma lágrima escorre em seu rosto. Por um momento ela achou que ira chorar pela falta que sentia, mas conteve-se, foi forte e afagou as emoções que sufocava o seu coração. Pensou nele, lembrou do seu lindo sorriso, que lhe trouxe aos lábios o sorriso novamente. Esse é o exercício constante que faz para superar a ausência. Outras lágrimas escorreram, mas a lembrança de seu amado era o bálsamo para o seu coração. Essa intensidade é o que fazia esperar, e estava disposta a esperar o tempo que fosse para que finalmente pudesse tê-lo em seus braços.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Chuva e Memórias


Tradução da música Rain and Memories.
Interprete: Paul Denver


Aquela chuva boba
Tornou-se uma nova ilusão
Imagine todos os sonhos
Caindo nas sombras
Aquela face boba
Arrebentando-se em lágrimas
A visão na chuva
Lágrimas caindo pelos olhos dela

(REFRÃO)
Eu confundo a chuva com memórias
Eu confundo a chuva com memórias
Eu confundo a chuva com memórias
Eu confundo a chuva com memórias
Todas as memórias
Todas as minhas memórias

Aquela chuva boba
Tornou-se uma nova ilusão

Aquela face boba
Arrebentando-se em lágrimas
A visão na chuva
Lágrimas caindo pelos olhos dela

Eu confundo a chuva com memórias
Eu confundo a chuva com memórias
Eu confundo a chuva com memórias
Eu confundo a chuva com memórias
Todas as memórias
Todas as minhas memórias

Eu confundo a chuva com memórias
Eu confundo a chuva com memórias
Eu confundo a chuva com memórias
Eu confundo a chuva com memórias
Todas as memórias
Todas as minhas memórias




segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Entender pra que?


Por Irisbel Correia

A vida é um imenso ponto de interrogação. A ansiedade, as buscas constantes por realizações imediatas, faz com que deixemos de lado o principal, VIVER.

Se fura um pneu, queremos saber, entender o porque não fomos por outro caminho, desviamos a pedra e se não somos nós o condutor, ai sim, virá assunto para a semana... e acabamos de perder o principal, a paisagem do percurso, o desfrute das pessoas que estão ao seu lado.

Se chove, e você foi pega de surpresa, é o fim do mundo... xinga até não poder mais, chuta tudo que está na frente, e lamenta-se o tempo todo por não ter ouvido sua mãe, que dizia, leva a sombrinha. E mais uma vez perde o essencial a maravilha das gotas limpando a degradação do homem e lavando sua alma.

O despertador não toca, acorda desesperado, nem degusta do café da manhã, quando chega no estacionamento esqueceu a chave do carro... novamente esbraveja e reclama de tudo, e não aproveitou o momento que teve para voltar em casa, beijar a esposa e os filhos que tinham acabado de acordar, que são raras as situações de vê-los acordados.

Veja os momentos difíceis, adversos como novas oportunidades de ser feliz, brigar com o mundo não leva a nada, querer entender os motivos e se culpar por isso, muito menos. Porque nada é mais importante do que viver intensamente. "Viver ultrapassa qualquer entendimento" - Clarice Lispector.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Infinito!



Por: Irisbel Correia

Você já parou para pensar nos momentos que não viveu porque esperava por outra coisa? Nunca deixe que a saudade do passado, e o medo do futuro estraguem a beleza do presente. Pois dias valem por um momento, e há momentos que valem por toda uma vida! Porque há momentos que são tão preciosos, profundos que até nos levam as lágrimas. que escorrem por sentimentos vividos que mal podíamos acreditar.

Aquele momento, que parece não ser realidade, que não foi vivido, foi sonhado e por medo de acordar por achar que mais nada resta. Ai vem o destino e nos sacode e nos diz, você está vivo. Vem o amor e nos diz... Você está vivo. Nada é infinito, o infinito é exatamente o momento que eternizamos na memória, no coração. E como responder o mistério da vida? Não existe resposta, nem aos mistérios, nem ao infinito... apenas momentos a ser vividos um de cada vez, sem pressas, sem medos e sem deixar de dizer todas as palavras. Porque um infinito é maior que o outro.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Escolhas


Se eu pudesse escolher, seria feliz por, pelo menos, oito horas por dia, todos os dias. Reservaria o tempo restante para viver as pequenas agruras naturais, mas seriam leves. Porque haveria a certeza de que a cada dia eu teria a minha cota de felicidade.
Se eu pudesse escolher. . . Reservaria algumas horas, todos os dias, para fazer só o que pudesse fazer os outros felizes, dedicação total ! !
Se eu pudesse escolher. . . Pararia qualquer coisa que estivesse fazendo, às cinco horas da tarde, e me sentaria para assistir ao pôr do sol. Escolheria lugares especiais. Procuraria não me repetir muito. O horário do pôr do sol seria algo assim, sagrado. O meu horário para observar a Deus.
Se eu pudesse escolher. . . Viveria entre o mar e as montanhas. No meio do caminho. Nem muito longe de um, nem muito longe do outro. Plantaria flores, teria vasos na janela, muitos livros na cabeceira da cama. E à noite, depois do trabalho - sim, porque se eu pudesse escolher trabalharia sempre, produziria sempre. Eu me sentaria para contemplar o céu, as estrelas, a noite. . .
Se eu pudesse escolher. . . Sorriria sempre ! Mas choraria também, às vezes, para não esquecer o que a lágrima significa. Viver só de sorrisos não é uma boa opção. Se eu pudesse escolher. . . Faria uma declaração de amor todos os dias, só para sentir aquele sabor de ridículo que nos enche alma e que é imprescindível à felicidade.
Se eu pudesse escolher. . . Plantaria sementes e 'perderia' horas vendo-as germinar. E lamentaria por aquelas que não conseguissem se transformar em flor.
Se eu pudesse escolher. . . Viveria a vida de uma forma mais leve, menos dolorosa, mais intensa, menos angustiante. Nem sempre temos como opções as escolhas que faríamos se pudéssemos escolher. Mas há escolhas que nos são oferecidas sempre: A de provocarmos sorrisos; de abraçarmos; de dizermos que amamos para quem amamos, mesmo que eles não entendam o que é o amor. A possibilidade de transformarmos, dentro de nós, o cenário e aprendermos que, como não temos muitas escolhas, precisamos viver quinze minutos de felicidade com tanta intensidade que eles possam ser transformados em horas, dias, meses no tempo que escolheríamos.
Se pudéssemos escolher. . . Será que às vezes não podemos?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Se amanhã não for nada disso...




Interprete: Lulu Santos

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber
Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
E eu vou sobreviver...
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

Como vou viver?


Interprete: Tânia Mara

Como eu vou
Viver assim sem você
Como eu vou sonhar sem você estar perto de mim

Já não sei
O que eu faço sem esse amor
Se essa núvem que passou
Deixou a chuva em mim
Todas as pegadas que eu segui
Já não existem mais
Me diz então

Como eu vou viver sozinha
Preciso saber
Como eu vou viver sozinha
Se eu já não tenho você
O que é que eu faço pra sobreviver
Se eu já não tenho você

Sem você
Eu mesma vou me esquecer
As portas todas vão se fechar
Vou esperar pelo fim
É demais
Já não tenho mais nada a perder
Tenho o que não quero ter
Perdida em mim

O que eu vou fazer
Se sem você eu dou um passo pra trás
Me diz então...

Como eu vou viver sozinha
Preciso saber
Como eu vou viver sozinha
Se eu já não tenho você
O que é que eu faço pra sobreviver
Se eu já não tenho você

Me diz oh baby...

A núvem que passou...
Deixou a chuva em mim
Todas as pegadas que eu segui
Já não existem mais
O que eu vou fazer
Se sem você eu dou um passo pra trás
Me diz então...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Era uma vez...


Vagando pela internet, encontrei mais um dos belos textos da Camila, intenso como os outros, me identifico muito com suas palavras, me toca porque passa o que eu trago dentro do meu coração, por esse motivo, gostaria de compartilhá-lo com vocês. Apenas fiz algumas adaptações para a minha realidade. Vale a pena a leitura.




Por: Camila Paier Adaptação: Irisbel Correia

Sou branca, mas não de neve; e sim, de lua. De me esbaldar na noite, e não ter forças para levantar e pegar o próximo sol da manhã. Não sei se apareço em espelhos que me indicam como a mais bela, mas há milhares de bruxas à minha caça, soltas atrás de mim. No lugar de sete anões, me enviaram oito pestinhas, aos quais carinhosamente chamo de sobrinhos. Trocaram a casinha pequena que devia me servir como abrigo por um apartamento espaçoso e bem localizado. Sem saber quem é você, espero que me espie à espreita, a conversar com os passarinhos na sacada. Ainda assim, morderia cada uma das maçãs envenenadas existentes apenas para beijar você em todas às vezes em que despertar.

Vez enquando sou bela, porém adormecida não me encontro. Minhas fadas são a madrinhas do meu futuro casamento: minhas irmãs e as minhas melhores amigas. A maldição que sofri, é provável que ainda não tenha se quebrado: o azar é inúmero, e o príncipe ainda não esfaqueou o coração da vilã travestida em dragão. Aliás, ainda nem ao menos sei se o moço já chegou. Tampouco, se capaz seria de se armar contra o tédio, a desconfiança, e a promiscuidade. Esperaria cem anos em sono profundo se possível, se quando acordasse com seus lábios nos meus, tudo estivesse exatamente igual e o saldo somasse um grande amor.
Meu maior sonho não é ir do mar, a terra, e nem ao menos, possuir um par de pernas. Confesso então, que viajar os céus para longe me parece uma das mais atraentes idéias. Vender minha única imortalidade possível, a escrita, por algum desvario inconsequente, não me parece plausível. Enquanto isso, alguns princípios já cairam por terra, e muitas verdades foram reconstruídas, em prol de grandes amores que não deram pé.
Graças a Deus tenho mãe, porém sou escrava da moda. Sou prendada na cozinha, e uma mula quanto à limpeza. Ganho regalos de uma irmã coruja, que me parece muito mais fada do que qualquer madrinha. Aqui em casa não há ratos, mas os pássaros na janela me socorrem da solidão. Não constrói todo um vestido, mas é capaz de me fazer abrir um sorriso. Converto os bailes, em pubs e festas, bares e jantares. E tão mais esquecidos que eu, os protótipos de realeza deixam o sapatinho salto doze lá, esquecido. De cristal, ou não.
Sou ciumenta, mas não demonstro, assim como também não tenho asas e nem pó de pirlimpimpim no vestido curto. Nunca tive um amor impossibilitado por guerras e em lado oposto, mesmo que minha personalidade forte entrasse em conflito e algumas cabeçadas tenham sido dadas, se preciso. Estou só no galho da mais alta árvore, esperando ainda Tarzan chegar. Janto sozinha em palácios enormes, enquanto Alladin não derrota Jafar e vem me buscar.
Cabelos enormes, e o que me resta então é ser filme inédito e uma história já manjada. Alguém que suba pela minha trança embutida e não se importe de comigo ficar numa mesma torre, distante da civilização moderna e todo esse caos urbano. E que me devolva à alegria roubada dos dias anteriores, junto com o pote no fim do arco-íris. Por enquanto, sou só uma plebéia que não se incomoda em fazer uso do transporte coletivo, ou de caminhar a pé quando necessário. Arrumar a casa, o quarto e em dias de unha já descascada, lavar a louça. O dia em que a carruagem chegar, que seja pequena.

Em função do amor


Por: Irisbel Correia

Resolvi sair sem rumo, divagando, sem destino certo. Não que eu não me divirta, não é isso, eu chego a dar boas risadas das situações que encontro pelo caminho e me dou conta que ... não existe vida mais linda.
O casal de namorados no banco da praça se beijando, outro casal que acaba de passar pela minha frente, o jeito como ele carrega a bolsa dela, uma senhora almoçando, suponho eu com seu esposo, as adolescentes, provavelmente contando fofocas, pelas risadas descontroladas, a filha segurando com força as mãos do seu pai. São vidas opostas que de certa forma estão interligadas por um único sentimento o AMOR.
Acho que escrevo, penso, re-penso, re-escrevo pra perceber que é uma dádiva acordar e amar. Por um bom tempo da minha vida eu me senti pela metade. Às vezes acho que é por isso que sou péssima com despedidas, na verdade nunca aceitei as partidas, sejam elas minhas ou alheias.
Eu não sei o que anda acontecendo aqui dentro, um aperto, uma angústia, um súbito me toma logo pela manhã quando vejo que troquei o papel de parede do meu simplório celular e que ele não está mais cheio de ligações perdidas e mensagens românticas e melosas de um passado não tão distante, mas que ainda é presente. Não sei se repararam, mas ultimamente (exatamente uns sessenta dias) eu re-encontrei o fogo que estava adormecido, a vontade do toque e dos beijos doce, que haviam desaparecido, o sorriso mais idiota de todos. Sempre fui de um romantismo exacerbado, estava aos poucos matando isso em mim, mas é espontâneo demais quando me pego olhando suas fotos, os seus olhos, sua boca, em certos momentos chego a me odiar, por sentir tudo de novo, o que jurava nunca mais sentir e por querer você.
E no final das contas tudo gira em função do amor, droga. Eu só ligo em estar bem, querer bem, só.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Soneto do Amor demais


Por: Vinicius de Moraes



Amo-te tanto, meu amor... como amigo e como amante.

Não, já não amo mais os passarinhos

A quem, triste, contei tanto segredo

Nem amo as flores despertadas cedo

Pelo vento orvalhado dos caminhos.



Não amo mais as sombras do arvoredo

Em seu suave entardecer de ninhos

Nem amo receber outros carinhos

E até de amar a vida tenho medo.



Tenho medo de amar o que de cada

Coisa que der resulte empobrecida

A caixa do que se der à coisa amada



E que não sofra por desmerecida

Aquela que me deu tudo na vida

E que de mim só quer amor - mais nada.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Ausência.


Por: Vinicius de Moraes.

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

Banho de chuva!




Por: Irisbel Correia

O dia iniciava mágico, depois de uma noite louca de aventuras, o sol brilhava radiante, o calor estava intenso. De repente o céu fechou, as nuvens escuras e densas, as gotas lentamente caindo, uma a uma e devagar no meu rosto, aos poucos estava toda molhada, e nem ligava, piso na poça... Liberei o coração. Parei, dancei, vivi, cada momento, como se ela lavasse não só meu corpo, mas minha alma. Penso em ti. Que não estás aqui. E talvez nem pretendas estar...
Você é tão racional. Eu, menina tola, toda emocional. Banho –me com as águas do céu... Chuva de verão. (Kira) Era a chuva que levava pra longe o que eu não precisava mais. Deixei, sem recusas ela fazer o seu papel, mudar a rima, a melodia, o percurso de uma vida. Estou preparada para deixar o fluxo seguir, de largar tudo se preciso e te seguir. Mergulharia no mundo, onde o vento viraria brisa, e tormentas em gotas de chuva. Porque o que a gente precisa é tomar um banho de chuva. E a certeza que fica: é que eu AMO como a natureza me AMA.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Época errada será?


Texto original Camila Paier. Adaptação: Irisbel Correia

Você não sabe levar relacionamentos inseguros. E quando cede alguns beijos sem compromisso, algumas situações que normalmente não faria, se ressente todinha, como se fosse o fim do mundo. Se na sua vida medieval quisesse escrever nas horas vagas, isso seria bem visto ? Acho que só se o marido fosse liberal. Prefere cartas longas, de cinco páginas, há conversas instantâneas, e-mail’s. Esperou para se dar inteirinha para um cara que te ligaria no dia seguinte. Ultimamente vem preferindo à discrição a badalação. Não beija mais que dois na mesma festa, mesmo se for o príncipe dos seus sonhos (que certamente existe no seu lado idade média), mesmo querendo ser ALFA e independente. Cansou do ritmo acelerado e dos papos fúteis da noite badalada. Sim, admito alguns desses fatos. Só uma coisa, detesto cozinhar. Apesar de que faria esse esforço, para agradar marido e filhos Com algum orgulho, mas receios. Até um tanto careta. Coloquei piercing, para tentar uma metamorfose, marquei de fazer as tatuagens, mas desisti, fico só no piercing, que quando enjoar tiro. Abro mão das drogas ilícitas, usufruídas por praticamente todo jovem atual. Por você, o cara só beijaria sua mão no primeiro encontro. Pediria em namoro aos seus pais, como sinal de respeito. E o noivado? Numa grande festa, pedindo a sua mão com um anel enorme em brilhante. Verdade, verdade. E quem não quer esse romantismo arcaico? Passear de cavalo com longas tranças, ser salva do tédio não sei se pelo príncipe, mas algum Robin Hood da era moderna, que dá alegria a quem precisa, e a tira de quem não valoriza o sorriso com bravura? Estranho para quem está dando um chega pra lá no romantismo, mas muita mulher é assim, e apenas não se assume ser arcaica. Você sonha em viajar para o velho continente, Europa, que eu sei também. Escuta as músicas que seus pais hierarquizaram para você, e gosta disso. Não compreende a bissexualidade, mas aceita os homossexuais como quem quer abraçar alguém logo após um acidente: cheia de compaixão. Trair, para você, além de falta de amor é algo imperdoável. É tímida, só se soltando quando já conhece bem o terreno em que pisa. Não faz amizades por conveniência, e nem sai sorrindo por aí, efusiva. Se fecha com seus livros, e mundos paralelos. Satisfeita com sua família, amigas, e outros pouco selecionados. Você é a antítese, o paradoxo. O que é contrário sempre se associa a certo medo, e quem sabe, prazer. Não quero ter que provar que gosto do que repugno e aceito o que acho intolerável apenas para agradar aos moderninhos de plantão. Tenho pavor de montanha russa, e a imbecilidade dos jovens quando em bando me dá náuseas. Sou feita para andar em par, em trio. Festa é algo pra de vez em quando, se não deprimo logo. Todas aquelas conversas montadas, as relações superficiais em que um quer mostrar ter mais que o outro me fazem bocejar. Para escapar da rotina, é que ensaio a tentativa de me parecer com todos os outros, ocasionalmente. Vão querer te xerocar, qualquer dia. Uma clonagem em massa, do fenômeno que é não pertencer a esse mundo superficial. Daí me reinvento mais uma vez, não para seguir algum modismo, mas sim para camuflar a essência um pouquinho, e escapar sem demais arranhões. E se você esconder tão bem e o Robin Hood não te perder de vista? Jogo pelo caminho um pouco do elixir da essência: é o que marca, fica, e aponta as setas de quem a gente realmente quer encontrar. Antiga, ou não.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Tentando um novo Amor.


Por: Irisbel Correia

Um dia te olhei, olhei uma segunda vez.

Falei de ti sem saber quem tu eras, e quando soube.

Falei de ti sem dizer quem tu eras.

Me mostrou o caminho, eu não percebi, e achei piada.

Olhei de novo, fiquei encantada.

Para curar uma dor de amor, digam o que quiserem, mesmo

contra a minha vontade, só conheço um remédio: um amor

novo. Não tem como, o coração só deixará de cultivar o amor

velho, quando encontrar outro beijo, outras mãos, outro calor, outra emoção. Tentar sempre, não

só uma vez, mas duas, três, até que consiga acalmar de vez a inquietação do passado. Mas na

verdade não existe fórmula para que você mude as atitudes, tudo seria inútil se não houvesse as

tentativas, porque vivemos sempre tentando.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dando um chega pra lá no romantismo


Por Clarissa Corrêa



Eu acreditava. Na verdade, sempre acreditei. Eu acreditava em romance, amor eterno, amor da vida, gente que fica juntinha até depois do fim. Eu acreditava em príncipes, princesas, contos de fadas, mundo cor de rosa. Sabe, eu sempre acreditei nessas coisas. Até que.
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Tem coisa que não volta, por mais que a gente queira. Você pode até tentar voltar o disco, repetir a música, insistir na letra, cantar o mesmo refrão por mil e um minutos, fechar os olhos. Tem sentimento que não volta. Mesmo que você se esforce, recorde, tente voltar a página, refrescar o coração. Alguns sentimentos são bem pontuais: chegam, esperam pra ver se devem ficar e decidem partir ou continuar.
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Tem música que não volta. Tem som que não volta. Tem amor que não volta. Tem momento que não volta. Tem palavra que não volta. Tem grito que não volta. Tem silêncio que não volta. Tem beijo, tem abraço, tem oportunidade, tem tempo, tem até vida que não volta. E tem a gente que se perde no meio de tudo isso, com um coração cheio de sentimentos, uma cabeça cheia de sonhos e uma realidade cheia de tristeza.
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Tenho visto coisas tão feias. Pessoas pequenas. Histórias que parecem não existir. Mas elas existem, sim. Não faziam parte do meu mundo encantado, mas existem. Não sou uma pessoa muito boa para dar conselhos, pois sempre sigo o meu coração. A gente não pode esquecer que tem cabeça, cérebro, que pensa, que a razão nos puxa pelo pé ao anoitecer. Mas eu insisto em coisas que não fazem nenhum sentido, inclusive em esquecer que a razão existe e nos bate forte na cara. Tenho aquela ideia boba de ter uma casinha bonita, um trabalho que eu adore, alguma coisa que me inspire e um amor que me entenda. Sou o tipo de pessoa que chega na frente do Poço dos Desejos, fecha os olhos, pede baixinho *insira seu pedido/desejo* (o meu é ..................................................) e atira a moedinha na água, acreditando fortemente naquilo tudo. Sou assim, desculpa. Tenho essa anomalia emocional, essa deficiência no coração. Não penso, só sinto. E isso me custa caro, muito caro.
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Eu dizia que andava vendo coisas feias. Desculpa de novo, mas tem coisa que não cabe em mim. Não consigo acreditar, desculpa, não consigo. Desculpa, não vou mais me desculpar nem tentar ser o que não sou. Desculpa, eu sou assim, continuo do mesmo jeito, sigo acreditando naquelas coisas tão bonitas, tão puras, tão minhas, tão suas. Mas estou perdendo a fé no romantismo. Juro, eu tô matando isso em mim bem devagar. Como pode, como é que pode as pessoas não perceberem que o amor é uma coisa tão essencial? Me explica isso. Uma amiga ligou contando coisas que se fosse comigo, sei lá. Sabe? Sei lá. Pelo que entendi, ela estava conversando com o namorado e lá pelas tantas ele disse que "o amor é aqui (e apontava para a cabeça), assim como o sexo, assim como tudo mais. É tudo aqui ó (na cabeça), o coração é apenas um músculo." Ela ficou chocada. O amor não é aqui, nem na minha cabeça nem na sua. O coração é um músculo, sim, mas o amor vem de dentro, minha gente. E não é da cabeça, pois se o nosso lado racional controlasse tudo é evidente que controlaria nossas vontades, ímpetos, impulsos e, é claro, nosso sentimento mais nobre. Não tem como fugir do amor, a cabeça não domina, não controla, não consegue domar. Outra amiga contou que estava em um momento de romance com o marido e fez aquela pergunta boba que as mulheres adoram fazer você-me-ama e ele olhou pra ela e perguntou "Você se ama? Tem certeza disso? Porque a gente tem que se amar, o amor-próprio é o amor mais importante". Que coisa horrível. Que coisa horrível. Que coisa horrível. Todo mundo sabe que pra amar alguém a gente tem que se amar. Lembro sempre da aeromoça: "Em caso de despressurização da cabine, máscaras cairão automaticamente à sua frente. Coloque primeiro a sua e só então auxilie quem estiver ao seu lado." Para ajudar alguém a gente precisa estar bem. Simples assim. Para amar alguém a gente precisa ter amor pra dar. E só tem amor pra dar quem se ama.
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As pessoas não pensam em como uma coisa dita pode ferir a outra pessoa tão fundo, mas tão fundo que lateja loucamente nos dias chuvosos. A gente devia pensar muito antes de dizer coisas que machucam. Ou pelo menos se arrepender verdadeiramente. Devia ser proibido magoar quem amamos. As pessoas não se dão conta que magoando um amor estão magoando a si mesmas. Por essas e por outras, queria ser menos emotiva. Espero conseguir um dia.