terça-feira, 10 de agosto de 2010

Viajar é viver

Por: Irisbel Correia

Ansiedade e alegria, uma mistura de emoções, chorava e ria ao mesmo tempo, pois a noite iria para o meu primeiro congresso como JORNALISTA. Nessa mesma noite era aniversário da minha irmã, convidei meu sobrinho para jantar conosco, enquanto eles estavam na Faculdade, resolvi fazer nosso jantar, incrivel... mas o telefone não parava de tocar, óbvio todos queriam parabenizar a Sandra, e como eu diria, liguem depois estou fazendo o jantar... rsrs. Minha mãe se admirou quando ouviu meu pensamento alto, em que havia esquecido um dos ingredientes... riu e perguntou.. hum é um prato especial? Rsrs. Concordei. Iniciei o jantar as 21h e consegui terminar só as 22:35, no horário que chegaram da Faculdade. Deu tempo de tudo, jantamos e meu sobrinho me levou ao encontro dos amigos que também iriam para Foz no congresso. Nos acomodamos, eu sentei com a Sindy e a Daiana ficou na poltrona ao lado, já que na parada em Ponta Grossa iria embarcar o Diego, amigo da Daia. Vimos o filme "Anjo de vidro" e na metade do filme o suspiro da Sindy por um dos atores.. rsrs, foi hilário a cena. As luzes da viação nordeste apagaram, sinal de que tinhamos que dormir. Chegamos em Foz umas 10:00 de sexta feira e o chek-in estava marcado para o meio dia, deixamos as malas em uma sala no hotel foz e saimos para comer, afinal estavamos famintos, já que dormimos tanto que nem descemos na parada do ônibus. Voltamos ao Hotel e mais um tempo para pegar as chaves, nosso quarto era o 256 no final do corredor no segundo andar. Tomamos o banho das deusas e fomos almoçar, nessas alturas nos perdemos da Daia e do Di, ligamos para eles sem sucesso. Como a tarde tinhamos livre, fomos as cataratas. Verdadeiras turistas, não conheciamos nada, mas como diz o ditado "Quem tem boca vai a Roma", então imagine chegar no outro lado nas cataratas... rsrsrs. Pegamos um ônibus de linha, R$2,40 e quarenta minutos para chegar ao destino. Mesmo já conhecendo, aquela visão era diferente, mágica. Na entrada do parque uma parada para os primeiros registros. E muitas capas de chuva a venda na portaria. Compramos o bilhete e ingressamos no Parque Iguaçu, a mais rica biodiversidade do país. Com certeza Deus existe e estava presente naquele lugar, contemplando três países da América Latina, Brasil, Argentina e Paraguay. Quanto mais nos aproximavamos, mais viamos a exuberância e imponência de suas quedas. Me senti pequenina e ao mesmo tempo grande, no meio de toda aquela beleza, uma riqueza de cultura inexplicavel, gente de todos os cantos do mundo, uma mistura de sotaques e línguas, um verdadeiro foco da multiculturalidade e o melhor ainda estava por vir, pois não compramos as capas de chuva, e quando chegamos na passarela já podiamos sentir as gotas da cachoeira gelada. Infrentamos mesmo assim, e o prazer foi absurdamente maravilhoso, lavamos literalmente a alma. Pedimos para uma senhora tirar umas fotos nossa na frente da garganta do diabo, era tudo tão mágico que nem queriamos mais sair dali, e continuar sentindo o cheiro da terra molhada as gotas de àgua molhando os cabelos. Retornamos ao hotel, nos arrumamos e fomos para a cerimonia de abertura do Congresso, ficamos pouco, porque a aventura da tarde nos deixou com algumas sequelas... rsrs. Na manhã seguinte apostas em todas as palestras. No almoço conhecemos a Pamela, estudante de jornalismo e moradora de Foz, divertidissima, e nos indicou o Ballinas, caso quisessemos conhecer a noite de Foz. Nos separamos nas oficinas, conheci o fotojornalista Rodolfo Bührer, me apaixonei ainda mais pelo fotojornalismo, Bührer é um profissional fantástico, com imagens belissimas, chorei enquanto mostrava seu portfolio. No final das oficinas reencontrei a Sindy, fomos conferir a dica da Pamela na hora do almoço no site. Adoramos o local e convidamos a Daia e o Di, para ir conosco. Às 23:00 descemos, chamamos um taxi, primeira parada Rafinas Bar, lugar aconchegante, mas pecava nas escolhas músicais, quando chegamos tocava Djavan, maravilhoso, mas não para uma noite de sábado... rsrs! A Daia o Di pediram um coquetel azul, a Sindy uma mistura de laranja com vermelho e para variar eu pedi sorvete, já que não tomo nada com álcool.. rsrs!! O tempo no Rafinas foi de terminar de tomar os drinks e a porção de batatas fritas, fomos para o Ballinas Irish Pub, o lugar já estava meio vazio, mas foi show, dançamos, rimos muito. A Daia e o Di inventaram até coreografias, isso que a Daia queria ter voltado para o Hotel. A banda Sabanna era muito agradavel, tocava de tudo, desde Elvis a axé music, não queriamos mais ir embora. Na frente do Ballinas esperando o taxi que não vinha, até que o Marcelo, um dos garçons do local saiu, pedimos carona pra ele, mas estava de bicicleta, desistimos de esperar o táxi e fomos a pé, com o Marcelo nos acompanhando de bicicleta... rsrs!! Quando passou um taxi, todos gritamos e nos despedimos do garçon muito prestativo e atencioso. No Hotel nos despedimos da Daia e do Di, que ainda iam prolongar a noite em uma balada GLS, eu e a Sindy fomos dormir, cansadas e ainda com os sintomas do dia anterior. Acordamos cedissimo e as 09:00 hr fizemos o chek-out, deixamos novamente as malas em uma sala reservada, participamos da plenária e depois fomos almoçar, na saída do hotel encontramos a Pamela e a Jéssica, resolvemos fazer uma visitinha aos hermanos Argentinos. Pegamos um ônibus e na cara e na coragem, nos viramos bem!! Na alfandega para registrar a entrada... rsrs. Tomamos uma pepsi na Argentina, o comércio só reabriria as 16:00 como o retorno estava previsto para as 19:00 daria tempo para desfrutar mais um poquito a região de Puerto Iguaçu. Quando a Sindy recebe um telefonema de que o ônibus ia para as cataratas, ficamos tranquilas pois já tinhamos ido, mas a Daia completou que de lá iriam voltar a Curitiba antecipando o retorno. Desesperadas ligamos para todos, dizendo que levariamos uma hora para voltar ao Brasil, levantamos às pressas, e fomos a rodoviária pegar o ônibus. A Pamela e eu riamos, a Sindy nervosa demais tremia igual vara verde. Eu tentando acalma-la, nem acreditamos quando o ônibus parou na plataforma, embarcamos anciosas. Chegamos no hotel umas 15:30, o hotel vazio, só algumas pessoas que iriam em outro, o problema do retorno estava resolvido, iriamos com outro ônibus, e as malas que tinham sido colocadas no outro, como resolveriamos? A Daia e o Di, ligaram dizendo que trocariam as bagagens nas cataratas, e colocariam no nosso ônibus, tudo resolvido. E finalmente embarcamos no ônibus da viação nordeste que tem como slogan: "Viajar é Viver", pode acreditar que todos nós concordamos com eles. Se não todos, pelo menos eu, a Sindy, a Daia e o Di.

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