segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

É difícil... mais um Edifícil.


Por: Irisbel Correia

Os dias eram mais leve, a cada despertar com os cantos dos pássaros. As maritacas eram minhas companheiras, bicavam a janela, dando as boas vindas, agora, o que me resta? Batidas repetidas, sim, um novo edifício está sendo construído na redondeza, o pior que parece que todas as bate estaca e as retroescavadeiras, estão dentro do meu quarto, ou pior na minha cabeça. Os tempos são outros, antes o barulho ensurdecedor eram das caixas acústicas, e os jovens ficavam com a audição prejudicada, devido aos fones de ouvido, com a modernização, as buzinas, o trânsito, obras intermináveis, e quando termina, logo tem outra. Na verdade nem sei o que mais incomoda, se o barulho lá de fora, que antes era despercebido, ou o barulho permanente aqui dentro do peito, que quer desbravar esse mundo, mas continua frágil. Será que o barulho que agora incomoda é porque o SILÊNCIO também grita. Inaudível como se ninguém o ouvisse. Silêncio que se mata o barulho com os estampidos secos e soprados que saem de silenciadores calibrados.

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