Palavras são palavras. E tenho uma história de amor com elas, guardo-as com carinho, não as deixo espalhadas em qualquer lugar. Os textos me fascinam, o mistério que ronda cada letra traçada, as histórias ali contadas.
Pega de surpresa, não sei, apenas palavras, verbetes sem fim, diálogos inconstantes e rápidos, assuntos fugazes que vem e vão, como uma brisa leve de outono.
Você já parou pra pensar o que cada rosto expressa realmente? Para o amor a aparência é insignificante, já que o ser interno é refletido no ser externo. Que importância tem o rosto de quem nos fala diretamente aos ouvidos da alma? Se é novo ou velho, se é bonito ou feio? Se já viveu muito ou pouco? Se com um simples gesto, nos chega e nos acende a fagulha adormecida da felicidade, irradiando no rosto a chama de um sorriso que começa na barriga e toma conta de todo o ser. Ainda que seja efêmera, momentânea...
Não é preciso olhar nos olhos de quem nos diz um simples, mas verdadeiro "gosto de si, mesmo sem a conhecer". E que logo a seguir nos agradece com um sentido "obrigado!".
Não quero sofrer, porém sei que vou sofrer. Mas prefiro me envolver nesse fascínio do que permanecer na segurança da ilusão de não amar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário