Por: Irisbel Correia
Resolvi sair sem rumo, divagando, sem destino certo. Não que eu não me divirta, não é isso, eu chego a dar boas risadas das situações que encontro pelo caminho e me dou conta que ... não existe vida mais linda.
O casal de namorados no banco da praça se beijando, outro casal que acaba de passar pela minha frente, o jeito como ele carrega a bolsa dela, uma senhora almoçando, suponho eu com seu esposo, as adolescentes, provavelmente contando fofocas, pelas risadas descontroladas, a filha segurando com força as mãos do seu pai. São vidas opostas que de certa forma estão interligadas por um único sentimento o AMOR.
Acho que escrevo, penso, re-penso, re-escrevo pra perceber que é uma dádiva acordar e amar. Por um bom tempo da minha vida eu me senti pela metade. Às vezes acho que é por isso que sou péssima com despedidas, na verdade nunca aceitei as partidas, sejam elas minhas ou alheias.
Eu não sei o que anda acontecendo aqui dentro, um aperto, uma angústia, um súbito me toma logo pela manhã quando vejo que troquei o papel de parede do meu simplório celular e que ele não está mais cheio de ligações perdidas e mensagens românticas e melosas de um passado não tão distante, mas que ainda é presente. Não sei se repararam, mas ultimamente (exatamente uns sessenta dias) eu re-encontrei o fogo que estava adormecido, a vontade do toque e dos beijos doce, que haviam desaparecido, o sorriso mais idiota de todos. Sempre fui de um romantismo exacerbado, estava aos poucos matando isso em mim, mas é espontâneo demais quando me pego olhando suas fotos, os seus olhos, sua boca, em certos momentos chego a me odiar, por sentir tudo de novo, o que jurava nunca mais sentir e por querer você.
E no final das contas tudo gira em função do amor, droga. Eu só ligo em estar bem, querer bem, só.
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